A prática de atividade física reduz significativamente os níveis de pressão arterial?

| 6 agosto 2009 | ID: sofs-2095
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência: ,
Recorte Temático: ,

Sim, a prática de atividade física regular reduz os níveis de pressão arterial.
Estudos experimentais controlados demonstram que o treinamento físico induz adaptações fisiológicas de diferentes sistemas que resultam em um aumento da aptidão física.
Estudos observacionais e ensaios clínicos têm demonstrado o efeito protetor da atividade física continuada sobre doença isquêmica do coração, hipertensão arterial sistêmica, diabetes melito tipo 2, osteoporose, câncer de cólon, ansiedade e depressão. Estudos observacionais também indicam que indivíduos com maior nível de aptidão física ou que realizam atividades físicas regulares têm menores índices de mortalidade por todas as causas.
A evidência epidemiológica também aponta que indivíduos que iniciam atividade física regular durante a meia-idade podem obter efeitos de redução da mortalidade. Os mecanismos responsáveis por esta proteção ainda não estão claramente definidos; porém, estudos têm demonstrado que o exercício físico regular resulta em melhora do perfil lipídico, da fibrinólise e da função plaquetária, redução da pressão arterial, controle da obesidade, melhora da tolerância à glicose e sensibilidade a insulina, aumento da densidade óssea, melhora da imunidade e de aspectos psicossociais.
A prática de exercícios aeróbicos reduz a pressão arterial sistólica e diastólica em uma media de 5 a 3 mmHg, respectivamente.
Quando a pressão arterial foi mensurada por monitorização ambulatorial (MAPA), a diferença encontrada foi 50% menor do que aquela encontrada nos estudos com medida isolada manual.
Exercícios de resistência com baixa carga, executado com auxilio de aparelhos (musculação), também reduzem a pressão arterial elevada em níveis semelhante àqueles observados com atividades aeróbicas.


Bibliografia Selecionada:

  1. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências, 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2004.