(SOF Arquivada) Como deve ser o esquema de imunizações em puérperas?

| 4 agosto 2008 | ID: sofs-190
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

SOF atualizada: https://aps-repo.bvs.br/aps/como-deve-ser-o-esquema-de-imunizacoes-em-puerperas-2/

Vacinação da gestante: a vacinação das mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), gestantes e não gestantes, é medida essencial para a prevenção do tétano neonatal. Deve ser realizada com a vacina dupla tipo adulto (dT – contra a difteria e o tétano) nas mulheres que não têm vacinação prévia ou têm esquema vacinal incompleto. De acordo com protocolo do M.S., a gestante pode ser considerada imunizada com, no mínimo, duas doses da vacina antitetânica, sendo que a segunda dose deve ser realizada até 20 dias antes da data provável do parto.
Caso a gestante não complete seu esquema durante a gravidez, esse deverá ser completado no puerpério ou em qualquer outra oportunidade (“Primeira Semana de Saúde Integral”, consulta puerperal, quando levar o recém-nascido para iniciar o esquema básico de vacinação, ou em qualquer outro momento). É de extrema importância que o profissional investigue a história pregressa de vacinação para proceder à administração de doses subsequentes; entretanto, a imunização somente deverá ser considerada com a apresentação do comprovante – cartão de vacina. Caso a gestante já tenha tomado alguma dose de vacina, recomenda-se a continuação do esquema vacinal, aplicando-se as doses que faltam para conclusão deste, independentemente do momento em que foi aplicada a última dose.
Fora da gravidez, a dose de reforço deve ser administrada a cada dez anos. Em caso de nova gestação, deverá ser observado o esquema do Quadro de Vacinações. O objetivo a ser atingido é a vacinação de 100% das mulheres em idade fértil (gestantes e não gestantes).
Eventos adversos: Caso ocorram eventos adversos à vacina, estes podem manifestar-se na forma de dor, calor, vermelhidão, edema ou enduração local, ou febrícula de duração passageira, podendo ocasionar mal-estar geral. A continuidade do esquema de vacinação está contra-indicada quando houver reação de hipersensibilidade (reação anafilática) após a administração de qualquer dose.
Segundo o Centro de Imunizações de Porto Alegre devemos observar se a puérpera for menor de 20 anos deverá ter: 3 doses da hepatite B antes dos 20 anos e se for maior de 20 anos e não estiver com o esquema vacinal completo para Rubéola deve fazer duas doses. Se ela já teve Rubéola só participa da vacinação contra rubéola nas campanhas.

SOF relacionadas:

  1. Quais vacinas podem ou devem ser administradas na gestação? Quais são os aprazamentos e as situações especiais?
  2. Qual a conduta quando a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) é administrada durante a gestação?
  3. Qual a indicação vacinal para uma gestante com último reforço de dT há mais de 5 anos e que ainda não chegou na idade gestacional (27 a 36 semanas) para fazer uso da dTpa?

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ; (Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno No. 5). Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf> Acesso em 21/janeiro/2015.