Como fazer a avaliação psicológica para laqueadura tubária?

| 9 outubro 2009 | ID: sofs-3040
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH:
Graus da Evidência: ,

Após o primeiro contato com o médico, momento em que se expuseram os diversos métodos contraceptivos para o casal (ação, índice de falha, natureza do método, efeitos benéficos ou colaterais possíveis), o casal deve passar por avaliação com psicólogo ou assistente social ou enfermeira.
Nesta segunda avaliação deve-se descartar a possibilidade do casal estar sob efeito de álcool ou outras drogas e então avaliar as expectativas e temores do casal e realizar o esclarecimento de dúvidas. A avaliação da maturidade emocional para encerrar a vida reprodutiva é de grande importância nos locais onde se dispõe do trabalho do psicólogo na equipe. (GRAU D)
Nesta ocasião poderá ser realizada uma atividade educativa específica para a laqueadura. A paciente deve ser informada especificamente quanto ao índice de falha, morbi-mortalidade (sepsis, tromboembolia, dor pélvica, sangramento, perfuração visceral, alergia ao anestésico), probabilidade de arrependimento, risco de gravidez ectópica e a não relação da laqueadura com possíveis mudanças menstruais. (GRAU B)
As mulheres com menos de 30 anos, mais ainda se solteiras, devem ser especialmente convidadas a uma reflexão maior e informadas de pertencerem ao grupo com maior risco de arrependimento. Caso tome a decisão pela laqueadura, o casal assina um termo de consentimento onde expressam sua ciência quanto ao caráter definitivo, existência de outros métodos não definitivos e seu desejo quanto à laqueadura. (GRAU D)


Bibliografia Selecionada:

  1. Bareiro AOG, Wagner H. Diretriz para indicação de esterilização feminina pelo médico de família e comunidade [Internet]. Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade; 2001 [citado 2009 Out 9]. Disponível em <http://www.sbmfc.org.br/media/file/diretrizes/laqueadura.pdf> Acesso em 2/fevereiro/2015.
  2. Marcolino C. Planejamento familiar e laqueadura tubária: análise do trabalho de uma equipe de saúde. Cad. saúde pública. 2004 Mai-Jun;20(3):771-9. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2004000300014> Acesso em 2/fevereiro/2015.