Como prevenir e diagnosticar casos de catapora (varicela)?

| 11 março 2013 | ID: sofs-5394
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH:

A “catapora” (também chamada de varicela) é transmitida de pessoa a pessoa, pelo contato direto ou por secreções respiratórias e, raramente, por meio de contato com lesões. Pode ser transmitida indiretamente por objetos contaminados com secreções. A pessoa com “catapora” pode transmitir a doença para outros desde 1 a 2 dias antes do aparecimento das  lesões de pele até 05 dias após. O diagnóstico é clínico e deve ser feito por médico.
Para evitar o contágio em larga escala, é necessário que todas as crianças e adultos com “catapora” sejam afastados da creche/escola ou local de trabalho até que todas as lesões de pele estejam em processo de cicatrização (com a presença de crostas).
A lavagem das mãos deve ser reforçada, assim como a higienização vigorosa de objetos, superfícies, roupa de cama e vestimentas que possam estar infectadas.
Pessoas com “catapora” não devem ter contato com recém-nascidos, mulheres grávidas ou qualquer indivíduo que esteja com a imunidade baixa (como pessoas com AIDS ou que estejam realizando quimioterapia), já que a “catapora” pode ser mais grave nestes grupos.
Até o momento, a vacinação universal contra a Varicela não é realizada no Brasil, exceto nas populações indígenas em caso de surto, a partir dos 6 meses, e para a prevenção da doença em indivíduos suscetíveis de qualquer idade, até 96 horas após a exposição a uma fonte de infecção, desde que seja integrante de grupo de risco para as formas graves da doença . Além disso, essa vacina encontra-se disponível nos Centros  de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) para ser administrada de acordo com as indicações específicas. A vacina contra Varicela integra o calendário de rotina de imunização da população indígena, tendo em vista a alta letalidade observada nesses povos.


Atributos da APS:
ACESSO: casos suspeitos de catapora na comunidade devem realizar avaliação  médica para confirmação diagnóstica e orientações.
ORIENTAÇÃO FAMILIAR, COMUNITÁRIA E COMPETÊNCIA CULTURAL:  além da  orientação à família da pessoa com catapora, fornecer orientações sobre a doença em locais da comunidade, como  creches, escolas, lares de idosos , instituições.

Sugestões de promoções de saúde oportunas: Realizar atividades educativas na própria unidade de saúde (sala de espera, por exemplo) sobre catapora, promover palestras, encontros e orientações para escolas, creches, lares de idosos.

 

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed.rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2014/Doencasinfecciosaseparasitarias_12_08_2014.pdf Acesso em: 11 mar 2013.
  2. Núcleo Telessaúde Rio Grande do Sul. Que orientações o Agente Comunitário de Saúde deve passar para a comunidade para evitar a contaminação em larga escala de crianças com “catapora”? [Internet]. Disponível em: http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/repostas-3053 Acesso em: 11 mar 2013.