Contatos de pacientes com caxumba devem ser vacinados?

| 13 novembro 2018 | ID: sofs-40420
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

Sempre que houver um indivíduo com diagnóstico de caxumba, será necessário conhecer a situação vacinal de seus contatos. Consideram-se contatos os indivíduos que residem no mesmo domicílio ou compartilham a mesma sala de aula ou creche, o mesmo ambiente laboral ou outros ambientes fechados.


Deve-se aplicar uma dose da vacina tríplice viral em todos os contatos suscetíveis conforme a idade:
– Aplicar uma dose da vacina tríplice viral em crianças entre seis e 11 meses de idade, e manter o esquema vacinal de rotina.
– Aplicar uma dose da vacina tríplice viral em todos os contatos com até 29 anos completos que não comprovarem, mediante apresentação de caderneta de vacinação, duas doses da vacina. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2 doses de vacina tríplice viral ou tetra viral.
– Aplicar uma dose da vacina tríplice viral em todos os contatos com mais de 30 anos que não comprovarem, mediante apresentação de caderneta de vacinação, uma dose da vacina. Considerar vacinada a pessoa que comprovar 1 dose de vacina tríplice viral.
Profissionais de saúde, independente de idade, precisam comprovar 2 doses de vacina tríplice viral para serem considerados vacinados.
A vacina tríplice viral é contraindicada para gestantes. As mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até um mês após a vacinação.
Não se deve administrar a vacina tríplice simultaneamente com a vacina contra a febre amarela. É necessário estabelecer um intervalo mínimo de 30 dias entre as vacinas, salvo em situações especiais que impossibilitem manter o intervalo indicado.
Pacientes com caxumba devem ser afastados da escola ou do local de trabalho por cinco dias a partir do surgimento dos sintomas.

Bibliografia Selecionada:

1. Albrecht MA.Epidemiology, clinical manifestations, diagnosis, and management of mumps. Waltham, MA: UpToDate, 2016. [acesso em 16 de mai de 2016]. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/epidemiology-clinical-manifestations-diagnosis-and-management-of-mumps
2. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n°1.533 de 18 de agosto de 2016. Redefine o Calendário Nacional de Vacinação, o Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas e as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o território nacional. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. [acesso em 11 de jul de 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt1533_18_08_2016.html
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de normas e procedimentos para vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. [acesso em 11 de jul de 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf
4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Nota informativa n° 384, de 2016. Informa as mudanças no calendário nacional de vacinação para o ano de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. [acesso em 11 de jul de 2018]. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/dezembro/28/Nota-Informativa-384-Calendario-Nacional-de-Vacinacao-2017.pdf
5. Centers for Disease Control and Prevention. Manual for the surveillance of vaccine-preventable diseases. Atlanta, GA: CDC, 2012 [revisado em 14 abri. 2014]. [acesso em 26 de jan de 2017]. Disponível em: http://www.cdc.gov/vaccines/pubs/surv-manual/chpt09-mumps.html
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7. Dynamed[Internet]. Record n° 114737, Mumps. Ipswich, MA: EBSCO Publishing, 2016. [atualizado em 08 set. 2015]. [acesso em 26 de jan de 2017]. Disponível em: http://www.dynamed.com/topics/dmp~AN~T114737/Mumps