Deve-se realizar antibioticoterapia profilática em mordeduras por animais?

| 14 novembro 2018 | ID: sofs-40299
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

O uso de antibiótico para profilaxia de infecção em mordeduras por cães ou gatos é controverso e não deve ser realizado de rotina.


Alguns ferimentos de alto risco necessitam de profilaxia:
– ferimentos profundos, especialmente por mordedura por gatos;
– ferimentos moderados a graves associados a esmagamento;
– ferimentos em áreas com comprometimento venoso ou linfático;
– ferimentos em mãos ou próximos a ossos e articulações, particularmente se presença de próteses; ferimentos em face e genitália;
– ferimentos que necessitem de sutura;
– ferimentos em imunocomprometidos.
A profilaxia deve ser realizada por três a cinco dias. O antibiótico de primeira escolha para mordeduras de cães e gatos é a amoxicilina-clavulanato. Alternativamente pode ser utilizada a associação de doxiciclina, sulfametoxazol-trimetoprim, penicilina oral, cefuroxime ou moxifloxacin e metronidazol ou clindamicina. Não se deve utilizar cefalexina, eritromicina e clindamicina isoladamente, devido à comprovada resistência a esses antibióticos.

Bibliografia Selecionada:

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2. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ (Ed.). Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
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