Em otomicose qual a melhor via de administração do anti-fúngico: tópica ou sistêmica?

| 4 agosto 2008 | ID: sofs-157
CIAP2:
DeCS/MeSH:
Recorte Temático:

Não foram encontrados Ensaios Clínicos Randomizados que comparassem o tratamento tópico ao tratamento sistêmico em pacientes portadores de otomicose a fim de avaliar qual das duas vias de administração medicamentosa era superior.
De acordo com artigo publicado por Lucente, a terapia consiste na remoção mecânica total dos fungos seguida do uso de antimicóticos tópicos, sendo raramente necessário o uso de terapia sistêmica.
Munguia e colaboradores publicaram uma revisão onde descrevem como principais agentes etiológicos da otomicose a Candida Albicans e o Aspergillus e relataram que os antifúngicos da classe dos Azólicos parecem ser os mais efetivos, seguidos da Nistatina e Tolnaftate.
Outro estudo comparou o tratamento da otomicose em termos de efetividade clínica e micológico em três grupos. Grupo 1: creme de ciclopiroxolamina 1%; Grupo 2: solução de ciclopiroxolamina a 1% e Grupo 3: ácido bórico. Esse estudo não observou diferença estatisticamente significativa entre os grupos de diferentes tratamentos em relação a efetividade clínica e micológica. Os grupos 1 e 2 apresentaram melhor tolerância quando comparados ao grupo 3 (ácido bórico).

 


Bibliografia Selecionada:

  1. Lucente FE. Fungal infections of the external ear. Otolaryngol Clin North Am. 1993 Dec;26(6):995-1006.
  2. Munguia R, Daniel SJ. Ototopical antifungals and otomycosis: a review. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008 Apr;72(4):453-9. Disponível em: http://www.academia.edu/730001/Ototopical_antifungals_and_otomycosis_a_review
  3. del Palacio A, Cuétara MS, López-Suso MJ, Amor E, Garau M. Randomized prospective comparative study: short-term treatment with ciclopiroxolamine (cream and solution) versus boric acid in the treatment of otomycosis. Mycoses. 2002 Oct;45(8):317-28.