Quais as interações medicamentosas dos fármacos amoxicilina, diclofenaco de potássio e paracetamol?

| 24 agosto 2009 | ID: sofs-2582
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,
Graus da Evidência:

Em relação a amoxicilina, o uso concomitante de probenecida com a amoxicilina pode resultar em níveis aumentados e prolongados de amoxicilina no sangue.
Em comum com outros antibióticos de amplo espectro, a amoxicilina pode reduzir a eficácia de contraceptivos orais. As pacientes devem ser apropriadamente advertidas. Além disso, a administração concomitante de alopurinol durante o tratamento com amoxicilina pode aumentar a probabilidade de reações alérgicas da pele. O prolongamento do tempo de protrombina foi raramente relatado em pacientes recebendo amoxicilina, assim a monitoração apropriada deve ser realizada quando anticoagulantes forem prescritos simultaneamente. Também se recomenda que, ao realizar testes para verificação da presença de glicose na urina durante o tratamento com amoxicilina, sejam usados métodos de glicose oxidase enzimática. Devido às altas concentrações urinárias de amoxicilina, leituras falso-positivas são comuns com métodos químicos. É importante ressaltar que a alimentação não interfere com a ação da amoxicilina, podendo o mesmo ser ingerido com alimentos.
Em relação ao diclofenaco de potássio, sabe-se que este fármaco pode elevar as concentrações plasmáticas de lítio e digoxina. Assim como outros AINEs, o uso de diclofenaco de potássio pode inibir da atividade de diuréticos. A administração concomitante de outros AINEs sistêmicos pode aumentar a freqüência de reações adversas. Embora as investigações clínicas não pareçam indicar que a utilização de diclofenaco de potássio apresente uma influência sobre o efeito dos anticoagulantes, existem relatos de uma elevação no risco de hemorragias com o uso combinado de diclofenaco e terapia anticoagulante. Nestes casos, conseqüentemente, é recomendável uma monitorização dos pacientes. Estudos clínicos demonstraram que o uso de diclofenaco de potássio pode ser administrado juntamente com hipoglicemiantes orais sem influenciar seus efeitos clínicos. Deve-se tomar cuidado quando AINEs forem administrados menos de 24 horas antes ou após tratamento com metotrexato , uma vez que a concentração sérica deste fármaco pode se elevar aumentando assim a sua toxicidade.
Os efeitos dos AINEs sobre as prostaglandinas renais podem aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina. Existem relatos isolados de convulsões que podem estar associadas ao uso concomitante de quinolonas e AINEs.
Sobre o paracetamol, a interferência do paracetamol na metabolização de outros medicamentos e a influência destes medicamentos na ação e na toxicidade do paracetamol não são relevantes.


Bibliografia Selecionada:

  1. DEF 2004/05. Dicionário de especialidades farmacêuticas. 33a ed. Rio de Janeiro: Editora de Publicações Científicas; 2004.
  2. Brunton LL, Lazo JS, Parker KL. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 11a ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill; 2006.