Quais cuidados a Equipe de Saúde Bucal deve ter no atendimento a pacientes com hanseníase sem adesão ao tratamento?

| 26 março 2019 | ID: sofs-41707
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , , ,
Recorte Temático:

Durante o atendimento odontológico e procedimentos de rotina, a Equipe de Saúde Bucal (ESB) deve usar os equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas e máscaras. Considerando que os dentistas usem o EPI e que os indivíduos em tratamento deixam de ser casos contaminantes1, é pequeno o risco de transmissão do bacilo ao dentista durante a realização do tratamento odontológico3. Ainda que a ESB possa estar mais exposta em áreas de endemia, a relevância na identificação de casos suspeitos de hanseníase pelo dentista, durante o atendimento odontológico, parece trazer maior benefício para os pacientes do que contribuir para o risco de transmissão da hanseníase aos profissionais da ESB2.


Complementação
A transmissão da Hanseníase se dá por secreções nasais, tosses, espirros, ou seja, pelas vias aéreas superiores, de um indivíduo que apresente a forma infectante da doença e não esteja em tratamento.   O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo. O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar aumenta a chance da pessoa se infectar1. É muito importante que a ESB some nos esforços para o indivíduo a aderir ao tratamento, pois ele evita a evolução da doença e, consequentemente, impede a instalação das incapacidades físicas por ela provocadas.

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_de_hanseniase.pdf
  2. Cortela DB, Ignotti E. Lesões visíveis na hanseníase: o papel do cirurgião-dentista na suspeita de casos novos. Revista Brasileira de Epidemiologia 2008; 11(4): 619-32. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v11n4/09.pdf
  3. Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Hanseníase: Atividades de Controle e Manual de Procedimentos. Brasília: Ministério da Saúde; 2001. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/referencia/0000006426
  4. Filgueira AA, Paresque MAC, Carneiro SMF, Teixeira AKM. Saúde bucal em indivíduos com hanseníase no município de Sobral, Ceará. Epidemiol Serv Saúde. 2014; 23(1):155-64. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ress/v23n1/2237-9622-ress-23-01-00155.pdf