Como é feito o tratamento de feridas com alginato de cálcio?

| 10 maio 2016 | ID: sofs-23606
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Recorte Temático:

As placas são compostas por fibras de ácido algínico (ácido gulurônico e ácido manurônico) extraído das algas marinhas marrons (Laminaria). Contém também íons de cálcio e sódio. Camada externa de poliuretano e camada interna composta de gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica. Apresenta-se em forma de placa ou cordão estéreis.
Ação: troca iônica do cálcio do alginato com o sódio do sangue e do exsudato. Promove a hemostasia, absorve exsudato, forma um gel que mantém a umidade, promove a granulação e auxilia o desbridamento autolítico.
Indicação: feridas com ou sem infecção, com moderada a intensa exudação, com ou sem tecido necrótico, exceto, em caso de necrose seca e com ou sem sangramento.
Aplicação: Pode ser recortado, mas deve-se utilizar tesoura estéril. Manusear com luvas ou pinças estéreis. O alginato de cálcio deve ser recortado do tamanho certo da ferida, pois por possuir absorção vertical e horizontal ele pode extravasar nas laterais e causar maceração da pele ao redor, caso fique maior que a margem da ferida. Deve estar associado à cobertura secundária. Em feridas cavitárias utilizar, preferencialmente, a forma fita preenchendo o espaço parcialmente.
Troca: a frequência de trocas será determinada de acordo com a quantidade de exsudato presente na ferida podendo ser de até sete (7) dias. Em caso de feridas infectadas, a troca deverá ser realizada a cada 24 horas e em feridas limpas, com sangramento, a troca deve ocorrer a cada 48 horas. A cobertura secundária deverá ser trocada quando houver necessidade.
Contraindicação: feridas com pouca drenagem de exsudato e feridas com necrose seca.


Bibliografia Selecionada:

  1. Agency for Healthcare Research and Quality. Pressure ulcer treatment recommendations. In: Prevention and treatment of pressure ulcers: clinical practice guideline. Washington, 2013. Disponível em: <http://www.guideline.gov/content.aspx?f=rss&id=25139#Section424>; Acesso em: 05 maio 2016.
  2. BRASIl. Ministério da Saúde. Anexo 02: Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão. Ministéro da Saúde, Anvisa, Fiocruz, 2013. Disponível em: <http://www.hospitalsantalucinda.com.br/downloads/prot_prevencao_ulcera_por_pressao.pdf>. Acesso em: 05 maio 2016.
  3. European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel. Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009. Disponível em: <http://www.npuap.org/wp-content/uploads/2014/08/Updated-10-16-14-Quick-Reference-Guide-DIGITAL-NPUAP-EPUAP-PPPIA-16Oct2014.pdf>. Acesso em: 05 maio 2016.
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  5. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Assistência aos Portadores de Feridas. Belo Horizonte, 2006. Disponível em: <http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/atadulto/protocoloferidas.pdf>. Acesso em: 05 maio 2016.