Quais são os sinais e sintomas da Influenza A (H1N1), seus riscos e complicações? Como preveni-la?

| 24 junho 2016 | ID: sofs-23946
Solicitante:
CIAP2:
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Graus da Evidência:

Os sinais e sintomas da gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1) são muito semelhantes aos da gripe causada por outros tipos de Influenza. Caracteriza-se por ser um quadro de infecção aguda das vias aéreas que cursa com quadro febril (temperatura ≥ 37,8°C), com a curva térmica usualmente declinando após dois ou três dias e normalizando em torno do sexto dia de evolução. A febre geralmente é mais acentuada em crianças. Os demais sinais e sintomas são habitualmente de aparecimento súbito, como: calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor de garganta, artralgia, prostração, rinorreia, tosse seca. Podem ainda estar presentes: diarreia, vômitos, fadiga, rouquidão, hiperemia conjuntival (1).
As queixas respiratórias, com exceção da tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. Rouquidão e gânglios cervicais aumentados são mais comuns em crianças. A tosse, a fadiga e o mal-estar frequentemente persistem por um período de uma a duas semanas e raramente podem perdurar por mais de seis semanas (1).
As complicações mais comuns são: pneumonia bacteriana e por outros vírus, sinusite, otite, desidratação, piora de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, asma ou diabetes. Pneumonia primária por influenza é uma outra complicação que pode ocorrer predominantemente em pessoas com doenças cardiovasculares (especialmente doença reumática) ou em mulheres grávidas (1).


Complementação

A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no Sul e Sudeste do País. É uma doença transmitida de pessoa a pessoa através de secreções respiratórias, principalmente por meio da tosse ou espirro de pessoas infectadas. O período de incubação da influenza dura de um a quatro dias. A transmissibilidade em adultos ocorre principalmente 24 horas antes do início dos sintomas e dura até três dias após o final da febre. Nas crianças pode durar em média dez dias, podendo se prolongar por mais tempo em pacientes imunossuprimidos (1).
A evolução da gripe (influenza) geralmente tem resolução espontânea em sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas, conforme dito anteriormente (1).
Algumas pessoas, como idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma comorbidade, possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor maneira de se prevenir contra a doença, é vacinar-se anualmente (1).
A vacina é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza, reduzindo o agravamento da doença. A estratégia de vacinação na rede pública de saúde foi sendo ampliada e, atualmente, a vacinação é indicada para indivíduos com 60 anos ou mais de idade, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, povos indígenas, crianças com idade de 6 meses a menor de 5 anos, profissionais de saúde, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, gestantes e puérperas (1).

Condições e fatores de risco para complicações por influenza (1):

Educação Permanente

Medidas para prevenir a transmissão da influenza e outra doenças respiratórias (1):

SOF Relacionadas:

1- Qual forma para abordar um idoso que recusa realizar a vacina da influenza?

2- A aplicação da vacina da gripe necessita de intervalo mínimo após outras vacinas?

3- Qual a importância da vacina H1N1?

Bibliografia Selecionada:

  1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Protocolo de tratamento de Influenza: 2015. Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <http://www.saude.rs.gov.br/upload/1459769314_Protocolo%20de%20Tratamento%20de%20Influenza%202015.pdf>. Acesso em: 16 jun 2016,