Como atrair o público masculino para prevenção do câncer de próstata?

| 11 março 2013 | ID: sofs-5410
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,
Graus da Evidência:
Recorte Temático:

Por não haver, até o momento, evidências científicas de que o rastreamento do câncer de próstata possa produzir mais benefício que dano, o Instituto Nacional de Câncer recomenda que não se organizem ações de rastreamento para o câncer da próstata e que homens que demandam espontaneamente a realização de exames de rastreamento, sejam informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a esta prática, e a tomada de decisão seja compartilhada entre o profissional e seu paciente.
As taxas de mortalidade por câncer de próstata não parecem ser alteradas por programas de rastreamento com PSA. Além disso, a lenta progressão da maioria dos tumores malignos da próstata (a chance de homens com câncer de próstata bem a moderadamente diferenciados, palpáveis e clinicamente localizados, de manterem-se assintomáticos é de 70% em 5 anos e 40% em 10 anos) e a alta taxa de complicações dos tratamentos (impotência, incontinência urinária e fecal) tem feito com que muitos especialistas não indiquem a realização de rastreamento de câncer de próstata em homens assintomáticos.
As ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem buscam romper os obstáculos que impedem os homens de frequentar os consultórios médicos. Entre os seus subsídios está uma pesquisa feita com sociedades médicas brasileiras e conselhos de saúde. Divulgado em 2008, o levantamento ouviu cerca de 250 especialistas e mostrou que a população masculina não procura o médico por conta de barreiras culturais, entre outras.
É importante que o homem seja estimulado a comparecer à Unidade de Saúde para fazer sua revisão , ao menos uma vez ao ano , pois  as doenças que afetam o sexo masculino são um problema de saúde pública, não se restringindo apenas a doenças da próstata (Acesso) . A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada . O Brasil  é o primeiro país  da América Latina e o segundo do continente americano a implementar uma política nacional de atenção integral à saúde do Homem. O primeiro foi o Canadá. A política está inserida no contexto do Programa “Mais Saúde: Direito de Todos”,  lançado em 2007 pelo Ministério da Saúde para promover um novo padrão de desenvolvimento focado no crescimento, bem-estar e melhoria das condições de vida do cidadão brasileiro.


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Bibliografia Selecionada:

  1. Centros para el Control y la Prevención de Enfermedades. Disponível em: http://www.cdc.gov/spanish/cancer/prostate/ Acesso em: 11 mar 2013.
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília, 2008. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2008/PT-09-CONS.pdf> Acesso em: 11 mar 2013.