Como é realizado o diagnóstico de tuberculose extrapulmonar?

| 24 setembro 2020 | ID: sofs-43038
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: ,

O diagnóstico da tuberculose extrapulmonar é realizado com base em evidências clínicas, achados laboratoriais, inclusive histopatológicos (biópsia), compatíveis com tuberculose extrapulmonar ativa, ou pacientes com pelo menos uma cultura positiva para Mycobacterium Tuberculosis de material proveniente de localização extrapulmonar.(1,2)


A tuberculose extrapulmonar apresenta sinais e sintomas de acordo com o local/órgão acometido(2). O diagnóstico por meio de biopsia é um método empregado na investigação das formas extrapulmonares ou nas formas pulmonares que se apresentam radiologicamente difusas, por exemplo, na tuberculose (TB) miliar, ou em indivíduos imunossuprimidos(1,2). Todavia, esta é uma condição difícil de investigar, pois normalmente são paucibacilares, ou seja, apresentam baciloscopia negativa(3). Nos pacientes imunossuprimidos, é menos frequente a presença de granuloma com necrose caseosa, mas é mais frequente a positividade da baciloscopia no material de biopsia(3). No entanto, o único método diagnóstico com certeza de TB é a cultura seguida da confirmação da espécie M. tuberculosis por testes bioquímicos ou moleculares e, por isso, todo material coletado por biópsia deve também ser armazenado em água destilada ou em soro fisiológico 0,9% e enviado para cultura em meio específico.(3)

 

Atributos da APS:

 

Acesso – A abordagem humanizada e o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário auxiliam tanto no diagnostico como na adesão ao tratamento.

 

Coordenação do Cuidado –  A equipe de saúde deve estar ciente e participar de recomendações que o paciente possa receber em ambulatórios especializados ou com outros profissionais fora do território de atuação do Centro de Saúde.

 

Longitudinalidade –  É importante o acompanhamento desses pacientes ao longo do tempo, com o vínculo é possível conhecer suas fragilidades e individualizar o seguimento.

 

Bibliografia Selecionada:

1. Brasil. II Consenso Brasileiro de Tuberculose. Diretrizes Brasileiras para Tuberculose. Tuberculose: Guia de Vigilância Epidemiológica. 2004:29p. Disponível em:  http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v30s1/a02v30s1.pdf

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília; (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 2011:288p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf

3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Tratamento Diretamente Observado (TDO) da Tuberculose na Atenção Básica: protocolo de enfermagem. Brasília. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde); 2011:172p.Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tratamento_diretamente_observado_tuberculose.pdf