Os profissionais da saúde da Atenção Básica (AB)/Atenção Primária em Saúde (APS) podem auxiliar na preparação com a família para a chegada de novos integrantes, realizando um trabalho de orientação familiar, desde a gestação, contribuindo para a reestruturação familiar necessária com a chegada de um novo integrante. Estimular a conversa com o/a primogênito/a, com explicações sobre o cuidado e atenção que um bebê requer e atribuir um lugar a ele, como o de “ajudante dos pais” é uma forma preencher a lacuna causada pela divisão de atenção necessária com a chegada do novo integrante. A orientação familiar pode ser realizada por todos os profissionais que estejam em contato com a família, e em conjunto com a Estratégia Saúde da Família (ESF), com os Agentes Comunitários de Saúde (ASC).
A chegada de uma segunda criança implica em mudanças estruturais e organizacionais na família, e, frequentemente, afeta emocionalmente o/a filho/a primogênito/a, uma vez que, modifica as trocas afetivas e de interações familiares, principalmente na relação mãe-filho/a(1). É comum que as crianças primogênitas apresentem aumento de comportamento de agressão e confrontação com a mãe e o bebê, e apresente também, problemas no sono, nos hábitos de alimentação e higiene, aumento nos comportamentos de dependência, demanda e regressão(1). Porém, a forma como cada criança reage ao nascimento do irmão parece estar relacionado ao tratamento e às experiências que recebe da família, do apoio materno e das atitudes parentais quanto à preparação e introdução de alternativas para lidar com a chegada de um irmão. Estas diferentes experiências estão associadas à ordem de nascimento, à disponibilidade e ao investimento de recursos parentais, bem como à habilidade no cuidado dos pais fornecido à criança(1). Embora seja necessário que o primogênito compreenda de ele pode ajudar no cuidado de seu irmão mais novo, é importante que os pais se atentem de que, ao assumir esse papel, ele pode se identificar como o “irmão mais velho independente” podendo estimular um desenvolvimento precoce na criança(1). Dessa forma recomenda-se que as tarefas designadas ao primogênito/a devem ser dadas de maneira que ele/a possa absorver de acordo com seu interesse e idade. Também é importante deixar que o ele/a expresse seus ciúmes e sua raiva em relação ao mais novo, porém, ensinado que isso pode ser feito uma forma não violenta(2). Para casos em que haja maior dificuldade no manejo, o Projeto Terapêutico Singular (PTS) pode ser uma importante ferramenta pensar num plano terapêutico para a família. A discussão de caso no PTS auxilia na formação contínua dos profissionais envolvidos e é uma ferramenta que auxilia também na avaliação dos planos terapêuticos já aplicados(3). As intervenções frente à chegada do segundo filho devem estar permeadas pelo conceito de que a família é um sistema aberto, dinâmico e complexo, sendo necessário que haja um entendimento de sua estrutura e funcionalidade(4). Toda família tem um ciclo vital, que passa por várias etapas, que vão desde a constituição de uma geração até a morte de indivíduos. Essas etapas são permeadas por crises previsíveis ou imprevisíveis(4), como acontece no surgimento de um novo integrante. A compreensão da família como um sistema é um auxílio para a orientação familiar frente a crises, pois considerar o papel de cada integrante dentro desse sistema é uma forma de entender como cada um pode contribuir para a reorganização da família, frente ao nascimento de um novo filho, por exemplo. O profissional de Saúde deve estar atento ao problema de quem procura o serviço de saúde, sem perder de vista o todo, não se deve olhar somente para a queixa ou a doença apresentada, lembrando que seu trabalho é promover saúde de forma mais ampla, e para isso cuidar de maneira integral(5). Portanto, trabalhar com a gestante, para poder identificar potenciais desafios que possam surgir ao longo da gestação e após o nascimento do bebê, é uma forma de prevenir fatores que possam ser motivadores de estresse tanto para o/a primogênito/a quanto para mãe. Estimular o fortalecimento de redes de apoio é uma forma de prevenir fatores estressores para a mãe e a família nuclear. O profissional de saúde pode auxiliar a família a identificar membros familiares (avós, tios, primos e também amigos, companheiros, vizinhos) que poderão oferecer suporte de várias formas como: apoio material ou financeiro, executando pequenas tarefas domésticas, cuidando dos outros filhos, orientando, prestando informações e oferecendo suporte emocional(2). Realizar o acolhimento de saúde mental na AB é sempre um desafio, pois são inúmeros os fatores envolvidos tanto para a realização de diagnóstico como para o tratamento. Porém fatores estressores podem ser evitados caso o profissional trabalhe de forma preventiva. Para auxiliar no manejo da saúde mental na AB, teleconsultorias síncronas e assíncronas podem ser solicitadas, assim como a adoção do caderno de atenção básica nº 34 (saúde mental)(4)como base para pensar o plano terapêutico.A benzetacil pode ser diluída com diclofenaco para ser administrada via intramuscular?
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