Como trabalhar a educação em saúde bucal com crianças e adolescentes?

| 25 março 2019 | ID: sofs-41711
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , , , , ,

Os programas educativos em saúde bucal que aplicam metodologia participativa têm fundamental importância na mudança de hábitos de higiene bucal em crianças e adolescentes, independentemente de sua inserção social. Os programas ancorados apenas em palestras e instruções teóricas têm impacto limitado.1  É preciso explorar recursos de dramatizações, desenhos e pinturas, faz de conta, meios audiovisuais, atividades ludo-pedagógicas. Em geral, os assuntos que devem ser mais abordados no processo educativo em saúde bucal são:  importância da saúde bucal; relação saúde bucal e  saúde em geral; placa bacteriana – o que é, como se forma e conseqüências, e como remover; hábitos de higiene – escovação, uso do fio dental; hábitos alimentares – relação dieta/cárie; flúor, hábitos indesejáveis e freqüência ao dentista. Entretanto, há assuntos específicos que devem ser abordados dependendo da faixa etária.


Complementação:
A educação em saúde bucal é considerada de baixo custo e com possibilidades de alto impacto no âmbito público e coletivo5. Ela possibilita a abertura de caminhos para a introdução de conceitos, além de oportunizar às pessoas a aquisição de conhecimentos com os quais não estão familiarizadas, mas que podem fazer parte do seu dia a dia, permitindo uma melhora na qualidade de suas vidas6. Devido a sua capacidade e abrangência, o setor educacional torna-se um aliado fundamental para a concretização de ações de promoção de saúde voltadas para o fortalecimento das capacidades dos indivíduos para a tomada de decisões favoráveis à saúde e à comunidade7. Assim, é de extrema importância a adoção de estratégias de aproximação entre a educação e o sistema de saúde8.

Bibliografia Selecionada:

  1. Queluz DP. Cárie e conhecimento do flúor na prevenção de escolares. RGO. 1995; 43(3):167-70.
  2. Tomita NE, Pernambuco RA, Lauris JRP, Lopes ES. Educação em Saúde Bucal para adolescentes: uso de métodos participativos. Rev FOB. 2001; 9(1/2):63-9.
  3. Poppe B, Krzikalla G, Walde B. Collective measures of oral hygiene effects on dental health in elder school children. Deutsch Stomatol.1991; 41(5):181-83.
  4. Toassi RFC, Petry PC. Motivação no controle do biolfilme dental e sangramento gengival em escolares. Rev Saúde Pública. 2002; 36(5):634-7.
  5. Sá LO, Vasconcelos MMB. A importância da educação em saúde bucal nas escolas de ensino fundamental: revisão de literatura. Odontol Clín Científic. 2009; 8(4):299-303.
  6. Castro CO, Oliveira KS, Carvalho RB, Garbin CAS, Santos KT. Programas de educação e prevenção em saúde bucal nas escolas: análise crítica de publicações nacionais. Odontol Clín Cient. 2012; 1(1):51-6.
  7. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Criança, adolescente e adulto jovem. Documento de referência para o trabalho de prevenção das DST, Aids e drogas. Brasília: Ministério da Saúde; 1997.
  8. Bottan ER, Ketzer JC, Oliveira LK, Tames SAF, Campos L, Farias MMGA. Educação em saúde bucal: perspectivas de integração entre professores do ensino fundamental e cirurgiões-dentista em um município do vale do Itajaí (SC). Salusvita. 2010; 29(1):7-16.