Sim, existe tratamento para pessoas com o diagnóstico de vitiligo, os resultados de cada proposta terapêutica, entretanto, podem variar de paciente para paciente. Por esse motivo, a estratégia terapêutica para o vitiligo é individualizada. Não há, até o momento, bases científicas para a indicação de um tratamento único ideal para todos os portadores da patologia. Sendo assim, somente um profissional qualificado e com experiência no assunto poderá indicar a melhor opção.
Para a escolha da estratégia de tratamento, deve-se levar em consideração, além das singularidades do indivíduo recebedor do cuidado, três aspectos-chave da doença: normalização do estresse dos melanócitos, inibição da autoimunidade e promoção de regeneração de melanócitos(4). Dentre as opções terapêuticas -conhecidas e estudadas atualmente- podemos citar o uso de: corticoides e psoralênicos (tópicos e/ou sistêmicos), imunomoduladores, betacaroteno, exposição a ultravioleta A e à luz solar de forma controlada. Também é possível utilizar tecnologias como o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos. De forma complementar, a camuflagem com produtos cosméticos pode auxiliar boa parte dos pacientes ao longo do processo terapêutico. Dependendo da superfície corporal acometida, a despigmentação cutânea total pode ser considerada (3,4,6,10,12). A doença pode ter um excelente controle com a terapêutica adequada e repigmentar completamente a pele, sem nenhuma diferenciação de cor. Muitas vezes, porém, esse processo pode ser vagaroso e demorar meses ou anos. Por se tratar de uma afecção que em geral proporciona bastante impacto estético cujos tratamentos atuais apresentam resultados muito variáveis e pouco previsíveis, algumas pessoas são induzidas ao uso de drogas “inovadoras” e “milagrosas” que não possuem ação comprovada cientificamente. Por esse motivo, ainda hoje, o vitiligo é um campo fértil para visionários e impostores (3,4). Dessa forma, é fundamental que os profissionais da saúde que acompanham pacientes com vitiligo sejam claros sobre a compreensão atual da patologia e seus alvos terapêuticos. É importante lembrar que pacientes com vitiligo necessitam de uma análise clínica ampliada. Precisam ser avaliados "para além da pele" de forma a garantir a exclusão ou o cuidado de outras patologias eventualmente associadas (1,3). Apesar de acometer prioritariamente a pele, os melanócitos de outros órgãos e tecidos também podem ser afetados na doença: como olho (causando irite e coriorretinite), ouvido interno e leptomeninges (7,8,9). A síndrome de Vogt-Koyanagi é caracterizada por vitiligo unilateral, poliose, meningite e disacusia, manifestações provavelmente ocasionadas pela destruição de melanócitos em cada um desses órgãos e tecidos (9). Pacientes com vitiligo também têm um risco aumentado de desenvolver outras doenças auto-imunes, incluindo tireoidite auto-imune, diabetes mellitus tipo 1, anemia perniciosa e doença de Addison (4). O vitiligo é uma doença autoimune que frequentemente causa um profundo impacto psicológico em seus portadores. A desfiguração cosmética devido ao vitiligo pode potencialmente levar à humilhação, má imagem corporal e perda de autoestima. Em algumas partes do mundo, o estigma social associado com vitiligo tem impacto significativo na interação social, perspectivas de emprego, casamento e relações sexuais. Na literatura há diversos relatos de morbidades psiquiátricas nesses pacientes como: ansiedade, depressão, fobia social e até mesmo ideação suicida (11) Lai YC, Yew YW, Kennedy C, Schwartz RA et al. (2017) em sua publicação, também enfatizaram a redução na qualidade de vida em pacientes com esse diagnóstico. Recentemente, escalas específicas para vitiligo foram validados para este propósito: o VitiQol em Chicago, a escala de impacto do vitiligo-22 (VIS-22) na Índia e o Índice de Qualidade de Vida em pacientes com Vitiligo (VLQI) na Turquia. No Brasil, até o momento não há registro de escalas validadas, o que levanta então a pertinência de proposições compatíveis com a realidade brasileira. Atributos da APS Apesar de, na maior parte dos casos, portadores de vitiligo serem referenciados para serviços especializados em dermatologia, a Equipe de Saúde da Família deve continuar prestando suporte ao paciente. O acesso facilitado, a proximidade do cuidado e a possibilidade de uma abordagem mais integral do indivíduo favorecem reavaliações mais precoces no curso do tratamento e proporcionam mais agilidade na detenção e manejo de quadros potencialmente associados.Quais condutas devem ser tomadas quando o paciente não adere ao tratamento de Tuberculose e HIV concomitante?
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