(SOF Arquivada) Paciente com tromboflebite pode fazer atividade física, musculação e academia?

| 11 janeiro 2017 | ID: sofs-35785
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,
Graus da Evidência:

SOF atualizada: https://aps-repo.bvs.br/aps/paciente-com-tromboflebite-pode-fazer-atividade-fisica-musculacao-e-academia/

A atividade física está contraindicada em pacientes que apresentam tromboflebite1,2. A orientação é que além do tratamento medicamentoso também haja repouso e elevação do membro afetado3.
A tromboflebite é um processo inflamatório das veias superficiais em que ocorre trombose secundária. Pode ser decorrente da atuação de um agente físico, químico ou biológico sobre a parede venosa. Constitui-se, na maioria das vezes, em complicação das varizes dos membros inferiores. No entanto, quando as veias axiais maiores estão envolvidas, a propagação no sistema de veias profundas (TVP) e mesmo embolia pulmonar pode ocorrer3.
Seu quadro clínico é típico e consiste em dor, edema, eritema, hipersensibilidade ao longo do trajeto da veia afetada e endurecimento da veia. O processo em geral segue um curso benigno e autolimitado com remissão completa dentro de 7 a 10 dias. O diagnóstico é baseado nos achados clínicos e, nos casos duvidosos, é feito por ecodoppler venoso.
O tratamento da tromboflebite superficial é clínico na maioria das vezes consiste no emprego de analgésicos, anti-inflamatórios, calor local, repouso com elevação do membro afetado e prevenção de complicações tromboembólicas4. O tratamento deve continuar até a resolução dos sintomas dolorosos4,5.
O tratamento com um anti-inflamatório não esteroide (AINE) ou com heparina de baixo peso molecular (na dose de 40 a 60 mg ao dia) por um período de 7 a 10 dias reduz, de forma equivalente, a extensão e recorrência da tromboflebite superficial em cerca de 60%4.


Atributos da APS:
Longitudinalidade – o acompanhamento do paciente com tromboflebite ao longo do tempo pela mesma equipe pode favorecer a identificação precoce de possíveis complicações com possibilidades de intervenção em tempo oportuno.

Bibliografia Selecionada:

  1. Matsudo VKR, Matsudo SMM. Atividade física e esportiva na gravidez. In: Tedesco JJ, ed. A grávida. São Paulo: Atheneu; 2000. p. 53-81. Acesso em: 26-07-2016.
  2. Lima FR, Oliveira N. Gravidez e exercício. Rev. Bras. Reumatol. [internet]. 2005, May/June [Acesso em: 09-09-2015] vol.45 nº.3. São Paulo. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042005000300018&script=sci_arttext&tlng=es
  3. DUNCAN BB, et al. Medicina Ambulatorial: condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências.  4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2013. VitalBook file. [Acesso em: 26-07-2016.]
  4. GUSSO G, LOPES, JMC (organizadores). Tratado de Medicina de Família e Comunidade – princípios, formação e prática – 2volumes. Porto Alegre: ArtMed, 2012. VitalBook file.
  5. Scovell, S; Fernandez, L.Phlebitis and thrombosis of the superficial lower extremity veins [internet]. In: UpToDate, 2016. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/phlebitis-and-thrombosis-of-the-superficial-lower-extremity-veins?source=search_result&search=tromboflebite+superficial&selectedTitle=1%7E74