O deslocamento subcoriônico assintomático aumenta o risco de abortamento no primeiro trimestre??

| 28 fevereiro 2018 | ID: sofs-37339
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH: , ,

A evolução em geral é boa e não representa quadro de risco materno ou para o feto. A conduta é conservadora e, basicamente, consiste no esclarecimento à gestante.(1)


O deslocamento subcorionico diagnosticado em um exame de ultrassonografia pode ser acompanhado por sangramento genital de pequena intensidade. A conduta de repouso não absoluto e afastamento temporário do trabalho está correta para este caso. Porém é importante diferenciar o deslocamento subcorionico do Descolamento Prematuro de Placenta (DPP), que é definida como a separação intempestiva da placenta do seu sítio de implantação no corpo uterino antes do nascimento do feto, em uma gestação de 20 ou mais semanas completas. Sua incidência está em torno de 0,5% a 3% das gestações, sendo responsável por altos índices de mortalidade perinatal e materna.(2)
Atributos da APS
Longitudinalidade: A equipe deve garantir a continuidade do cuidado à mulher e à família ao longo do tempo que não é possível determinar. Tudo se inicia com o primeiro contato com o serviço de saúde, que neste caso vai se fortalecer no pré natal e se consolida com um novo papel como mãe.
Orientação familiar: A equipe deve levar em conta o contexto familiar, suas limitações e possibilidades pois desta forma possibilita a diminuição de riscos de problemas psicológicos por complicações da gestação, por menos risco que elas aparentam ter podem afetar a relação familiar. Por isso é tão importante o esclarecimento com informações adequadas à gestante e sua família, tanto em condições como de alto ou baixo risco, pois são conceitos dos serviços de saúde (ponto de vista do profissional de saúde). Numa prática centrada na pessoa é preciso entender as dúvidas e os receios de cada indivíduo, tanto que há codificações do CIAP para medo em várias circunstâncias.
Material complementar:
Telessaude ES. Vídeo de Webconferência: Gravidez de Alto Risco. Palestrante: Cleverson Gomes do Carmo Júnior (Médico ginecologista, obstetra e mastologista);Scheyla Fraga (Debatedora) . Apresentado em 21 out 2015. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=IzmJ6unfP2E
Telessaude ES. Vídeo de Webconferência : Exames no Pré-Natal de Baixo Risco (Aprox. 80 min.). Palestrante: Valesca Rodrigues Lucena (Médica Telessaúde HUCAM ); Scheyla Rauta (Debatedora) . Apresentado em 02 fev 2015. Disponivel em: https://www.youtube.com/watch?v=iPD_1Fg6jJc

Bibliografia Selecionada:

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2001 [citado em 2017 set 28]. Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/temas-de-atuacao/mulher/saude-das-mulheres/enfrentamento-a-mortalidade-materna-menu/parto-aborto-e-puerperio-assistencia-humanizada-a-mulher-ms
2. Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco [internet]. Cadernos de Atenção Básica, 32. Brasília: Ministério da Saúde, 2012 [citado em 2017 set 02]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf