Qual a conduta em casos de rubor local pós-vacinação antirrábica?

| 26 fevereiro 2021 | ID: sofs-43290
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH:

Dever ser realizada avaliação clínica, tratamento com analgésico e/ou compressas frias no local, se necessário. Não há contraindicação para doses subsequentes(1).


O vírus da raiva (RABV) pertence à família Rhabdoviridae do gênero Lyssavirus é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal, com evolução rápida para o sistema nervoso central com manifestações clínicas desde ansiedade, dores radiculares, disestesia ou prurido, hidrofobia e disautonomia; alguns pacientes podem apresentar paralisia, sendo que a doença quase que invariavelmente evolui para a morte. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmití-la(2,3).

De acordo com o Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação, a vacina antirrábica causa poucos eventos adversos e, na grande maioria, são eventos de gravidade leve a moderada(1).

Pode causar dor, coceira, edema, rigidez local e pápulas urticariformes em 15% a 25% dos vacinados. Outras reações locais descritas são: abscesso no local da injeção, inchaço dos gânglios linfáticos, aumento da sensibilidade e vermelhidão local. Em geral, tais manifestações têm início na primeira semana após a aplicação e evoluem satisfatoriamente(1).

Deve-se notificar e investigar os casos graves de manifestações locais, os abscessos e os surtos(1).

Bibliografia Selecionada:

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação. 3. ed. Brasília, 2014:250p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 7. ed. Brasília, 2009:813p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf

3. American Academy of Pediatrics. Committee on Infectious Diseases. Report of the committee on infectious diseases (Red Book). 29th ed. Elk Groove Village, 2012:600. Disponível em: https://ebooks.aappublications.org/content/red-book-29th-edition-2012