Qual a melhor conduta frente uma paciente com pólipo endocervical assintomático?

| 29 junho 2010 | ID: sofs-4530
Solicitante:
CIAP2:
DeCS/MeSH:
Graus da Evidência:
Recorte Temático:

Os pólipos cervicais geralmente são endocervicais, são quase sempre benignos e na maior parte das vezes assintomáticos. São encontrados em aproximadamente 4% das mulheres e ocorrem com maior frequência na perimenopausa e em multíparas entre 30 e 50 anos. A sua causa é desconhecida, mas podem ocorrer como consequência de inflamação, trauma ou gestação.
Mulheres na pós-menopausa com pólipos cervicais têm maior probabilidade de apresentarem também pólipos endometriais, e a terapia de reposição hormonal não interfere nesta associação.(1).
Pólipos sintomáticos podem causar metrorragia, sangramento pós-coital, hipermenorréia, sangramentos após a menopausa e corrimento vaginal. O manejo atual dos pólipos cervicais e endocervicais pode incluir diferentes abordagens, desde a simples remoção em ambiente ambulatorial até a polipectomia histeroscópica.
Mesmo em pacientes assintomáticas uma avaliação com o ginecologista está bem indicada porque é muito importante, antes de sua remoção, determinar a origem exata do pedículo do pólipo, pois sua origem pode ser endometrial, o que exige avaliação adicional (2).

 


Bibliografia Selecionada:

  1. Stamatellos I, Stamatopoulos P, Bontis J. The role of hysteroscopy in the current management of the cervical polyps. Arch Gynecol Obstet. 2007 Oct;276(4):299-303 Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007/s00404-007-0417-2#page-1 Acesso em: 29 jun 2010.
  2. Edward J. Mayeaux. Cervical Polyps. In: Pfenninger JL, Fowler GC. Pfenninger and Fowler’s Procedures for Primary Care. 2nd ed. Mosby; 2003. Chap 137.