Não existe consenso na literatura sobre qual o melhor método anticoncepcional na adolescência, devendo a escolha ser individualizada. Contudo, algumas prerrogativas gerais sempre devem ser levadas em consideração, sendo o melhor método aquele que tiver o melhor custo e adesão, menor quantidade de efeitos adversos, reversibilidade e maior eficácia(1). Além disso, considerando a dificuldade de adesão nesta faixa etária, a motivação e predileção da usuária por determinado método definitivamente deve ser levada em conta.
Os anticoncepcionais orais permanecem a escolha mais popular entre as adolescentes, apesar da popularidade crescente dos anticoncepcionais trimestrais(2).
A escolha do método na adolescência apresenta desafios adicionais. A preocupação de muitas adolescentes com sua imagem corporal resulta em baixa tolerância, por exemplo, com o ganho de peso. Outro complicador é o tempo entre a primeira relação sexual e a procura por um serviço de saúde, que costuma ser de vários meses(3).
- Ciclos menstruais regulares, com sangramento durante menos tempo e em menor quantidade;
- Diminuem a freqüência e a intensidade das cólicas menstruais;
- A fertilidade retorna em seguida à interrupção da cartela;
- Podem ser utilizados como anticoncepção de emergência, após uma relação sexual desprotegida;
- Diminuem a incidência de: gravidez ectópica, câncer de endométrio, câncer de ovário, cistos de ovário, doença inflamatória pélvica, doenças mamárias benignas e miomas uterinos;
- Benéfico para o tratamento da Acne (Grau A) (5);
- Desvantagens: menores taxas de adesão (esquecimento de pílulas) entre adolescentes, quando comparado às mulheres adultas.(3); maiores taxas de descontinuação nos primeiros 3 meses de uso entre adolescentes, quando comparado às mulheres adultas.
- Semelhantes em alguns aspectos aos anticoncepcionais orais combinados, mas a principal diferença é a presença de um estrogênio natural na composição dos injetáveis, em oposição ao estrogênio sintético dos anticoncepcionais orais. Essa característica confere maior segurança no uso dos anticoncepcionais injetáveis combinados em relação à pílula combinada (Contudo, mais estudos são necessários)
- Não interferem negativamente com o prazer sexual;
- Diminuem a freqüência e a intensidade das cólicas menstruais;
- A fertilidade retorna em tempo mais curto do que com os injetáveis trimestrais;
- Ajudam a prevenir problemas como: gravidez ectópica, câncer de endométrio, câncer de ovário, cistos de ovário, doença inflamatória pélvica, doenças mamárias benignas e miomas uterinos.
- Desvantagens: problemas relacionados ao controle do ciclo são apontados como as principais causas de descontinuação do uso.
- Na maioria dos estudos, as taxas de continuação de uso de AMP-D são melhores do que as de anticoncepcionais orais (efeitos menos evidentes entre as adolescentes) (4)
- Muito eficaz;
- Pode ser usado por lactantes após seis semanas do parto;
- Não provoca os efeitos colaterais do estrogênio;
- Não aumenta o risco de complicações relacionadas ao uso do estrogênio;
- Diminui a incidência de: gravidez ectópica, câncer de endométrio, doença inflamatória pélvica e mioma uterino,
- Pode ajudar a prevenir câncer de ovário, reduzir a freqüência de crises convulsivas em portadoras de epilepsia e a dor e freqüência de crises falciformes, ajuda a reduzir os sintomas de endometriose.
- Desvantagens: principais causas de descontinuação são: alterações menstruais, ganho de peso e cefaleia; evitar antes dos 16 anos, pois seu uso está associado com diminuição da densidade óssea (mas parece ser temporário e reversível) e o pico de massa óssea ainda não foi atingido nesta idade. Mais estudos são necessários.(6)