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Qual a diferença entre as formulações de anticoncepcional hormonal combinado oral comparando dosagem de estrogênio e progestagênios e os efeitos colaterais associados?

Publication year: 2024

Em relação à dosagem de etinilestradiol (EE) e tipo de progestagênios que compõem os anticoncepcionais combinados orais (ACO), são classificados em: Primeira geração, 1960 – Formulações com alta dosagem de EE ≥ 50 µg; Segunda geração, 1970 – Média e baixa dosagem de EE, de 20 a30 µg associado com levonorgestrel; Terceira geração, 1990 – EE 15 a20 µg associado com Desogestrel ou Gestodeno; Quarta geração, 2000 – EE 20 a30 µg associado a Drospirenona; Formulações de EE 35 µg associado ao progestagênio antiandrogênico (acetato de ciproterona ou drospirenona). ACO de primeira geração apresenta efeitos adversos intensos (edema nas mamas, cefaleia, aumento do peso, distúrbios vasculares), comparados aos de 2ª geração. O ACO de terceira geração tem efeitos colaterais menores, comparado aos de primeira e segunda gerações. Etinilestradiol induz a alterações significativas no sistema de coagulação, culminando com aumento da geração de trombina, fibrinogênio e redução dos inibidores naturais de coagulação. O risco de trombose venosa (TEV) e trombose arterial (TA) é dependente da dosagem de EE. A alta dosagem de EE (≥50 µg) dos ACO de primeira geração está associada a um aumento de duas vezes no risco de TEV quando comparada à com baixa dosagem desse hormônio (<50µg) dos ACO segunda e terceira geração. A associação entre ACO e tromboses arteriais pode ocorrer principalmente em mulheres já com fatores de risco cardiovasculares (tabagismo, hipertensão arterial, diabetes e hipercolesterolemia), podendo ser causa de um infarto agudo do miocárdio – IAM. As causas de IAM nas usuárias de ACO são trombóticas e não ateroscleróticas, podendo ser atribuídas aos efeitos pró-trombóticos dos ACO.